sábado, 16 de outubro de 2010

Cada um e todos nós

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Todo indivíduo é único
Todo indivíduo é insondável
Mas também é genérico
Mas também é humanidade
- obra do esquecimento,
Imposição da memória

Todo indivíduo é (pelo menos) dois,
E o verdadeiro é o outro
- obra do engano e da dúvida

Todo indivíduo é metade,
A outra metade é neblina
- senão por força de ser metade,
Mas por obra da vontade

Todo indivíduo é, se pensa que é
- obra do acaso...
E se segue a ser
É por força da vaidade...
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(insipirado no conto "O Guerreiro e a Cativa", de Jorge Luis Borges)
(com contribuições de Carolina)
(imagem daqui)
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2 comentários:

A Aprendiz disse...

acaso ou vaidade? metafisica.
o poema é luz na neblina.
bj

Marcello disse...

um pouco de acaso, um pouco de vaidade, mas metafísica pura, se a realidade retinta fica noutro domínio

e obrigado pelo "luz na neblina"

abraço