segunda-feira, 30 de maio de 2011

Simbolismo. E um poema

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Simbolismo é o movimento artístico literário que marca o fim do Século XIX. Reage ao Parnasianismo e ao Realismo pela via da interpretação subjetiva do mundo, pelo uso dos símbolos e pela percepção transcendental da realidade.

(É, portanto, primo-irmão do Impressionismo)

Para o Simbolista, não importa a ‘tradução’ do real, mas a combinação subjetiva entre sentimento e pensamento, com o uso de figuras de linguagem e formas próprias, regidas por leis próprias - na intuição do artista está o verdadeiro valor da obra de arte.

(Ars gratia artis?)

Alphonsus de Guimarães e Cruz e Souza são expoentes do Simbolismo no Brasil; na França, berço do movimento, destacam-se Verlaine, Rimbaud e Mallarmé.

A sextilha a seguir procura manifestar, pobre e sinteticamente, o ensejo da criação simbolista, quando ao poeta apetece cometê-la.

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Inexprimivível


Me assopra o sopro deste signo simbólico
(é sinestésico, é místico, alegórico)
Que em mim se evola desde as brumas oitocentas
(são nebulosas, vaporosas, pardacentas...)
A inexpressar do sentimento algum contorno
Inexprimível, impresso em pensamento morno.

Marcello Cabral

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(do Barro do Sonho, em vias de extinção)

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